Milho geneticamente modificado faria mal a cobaias!?

Um milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto causou problemas no fígado e nos rins de ratos, segundo um estudo divulgado dia 12 de março de 2007 pela organização ambientalista Greenpeace e por um comitê de especialistas em engenharia genética franceses. O consumo do milho MON 863 causaria perturbações nos órgãos dos animais.

"Nosso estudo mostra problemas hepáticos nas fêmeas, que engordaram, enquanto os machos sofreram problemas renais que os fizeram emagrecer", explicou o professor Gilles-Eric Séralini, membro da comissão biomolecular e pesquisador da Universidade francesa de Rouen.

"Pedimos às autoridades públicas que retomem os testes com o milho e, portanto, que se decrete uma moratória sobre seu uso", disse o professor Seralini, que se perguntou por que as análises "efetuadas pela Monsanto continuam sendo confidenciais sob a cobertura do sigilo industrial".

Segundo Seralini, nos fígados das fêmeas, foi detectado um aumento da taxa de açúcar e 40% da de gordura no sangue. Na urina dos machos, foram detectadas variações importantes das taxas de sódio ou fósforo. Todos esses sintomas "são idênticos aos causados por uma intoxicação por pesticidas", assegurou.

O Greenpeace travou uma longa batalha jurídica na Alemanha antes de acessar as 1.132 páginas de dados brutos do estudo da Monsanto sobre este milho. O MON 863, autorizado na Europa para a alimentação animal desde agosto de 2005 e para o homem desde janeiro de 2006, é objeto de polêmica há três anos. A Agência Européia de Segurança Alimentar deu luz verde ao MON 863 em abril de 2004, após julgá-lo "tão seguro quanto o milho convencional".

13 de março de 2007

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